Resumo: O trabalho propõe uma reflexão sobre pacientes hospitalizados, cujo estado de imobilidade e vulnerabilidade corporal demandam a necessidade de um outro cuidador e convocam o sujeito a revisitar alguns pontos de seu desenvolvimento psíquico. Seria possível, então, compreender o movimento de restauro do corpo traumatizado à luz daquelas primeiras experiências relacionais do bebê com o outro maternal? Que características específicas da organização oral podem ser libidinizadas pelo paciente nesta atual e delicada condição? Tais questões são articuladas à análise de fragmentos clínicos que ilustram manifestações de recusa e estranhamento sobre as necessidades do próprio corpo, num excessivo controle do que entra ou sai de si, bem como de um investimento restritivo nas relações de trocas subjetivas com o outro.
As experiências primordiais com o outro no restauro do corpo traumático
Artigo publicado nos Anais do V Congresso Internacional de Psicopatologia Fundamental e XI Congresso Brasileiro de Psicopatologia Fundamental 2012. Setembro 2012.